Opinião

O MUNDO DOS FUTEBÓIS

Qual o perfeito para ti?

O futebol é um fenómeno mundial, o jogo, os fãs, os atletas, a envolvência em redor da paixão de sentir futebol. Nas elites encontram-se o que retratamos como o clube dos nossos corações, onde esse mundo está fechado, derivado aos diversos fatores económicos, organizacionais e todos os lóbis de poder das grandes cidades e principalmente em maior escala as metrópoles onde os grandes do futebol se encontram, a chamada primeira linha. Depois, surgem os clubes médios e de baixa dimensão, quer no protagonismo, quer na capacidade competitiva, das pequenas cidades e vilas, onde a autossustentação e a falta de recursos consumistas de populações com menores índices populacionais dificultam o seu crescimento.

Querer ser grande, toda a gente o gostava de ser! Mas sê-lo é mais difícil e, por vezes, esse excesso desnorteado da sua capacidade de vir a ser enorme gera problemas a diversos clubes, que não conseguem a nível nacional entrar como protagonista e esquecem-se que a sua maior riqueza é local.

O muito referenciado Distrital é a base de uma pirâmide virada do avesso financeiramente. Onde os seus contributos e objetivos competitivos são miragens nunca alcançáveis. E o futebol já tem mais de 100 anos. Os clubes das grandes cidades irão continuar a ser os protagonistas do filme do futebol e os da periferia continuarão na utopia de um dia vir a serem também eles grandes estrelas de “Hollywood”. Errado pensamento.

No debate entre futebol amador e o futebol também ele amador, mas chamado de Distrital, qual o mais valorizável! Se olharmos para o aspeto competitivo, ambos estão equiparados, verificamos que equipas do futebol amador ou concelhio como também é conhecido, conseguem bater-se de igual para igual, com equipas de campeonatos da Distrital. A nível da qualidade do jogo e de atletas, verifica-se que existe uma aproximação, uma vez que as formações que os clubes utilizam para os seus planteis são as mesmas. A nível da envolvência da competição nota-se uma diferença bastante notória. O público e o mercado seguem os interesses e paixões do maior número de consumidores ou adeptos, como a imprensa e as marcas são exemplo. O futebol amador bate na supremacia de forma avassaladora, originando maior receita pelo maior interesse do seu próprio núcleo de interesse, tornando-se grandes e fortes no seu meio onde reside a sua origem e história. O fenómeno tem-se vindo a tornar exemplo de proximidade entre organizações quer a nível competitivo como institucional, elevando e muito o interesse das comunidades que seguem cada vez mais este fenómeno.

O futebol é uma paixão e todos a têm, basta apenas saber buscar essa paixão. Os grandes continuarão grandes e nós continuaremos a segui-los como a elite do futebol. O futebol continuará a alimentar as nossas paixões, a vivência mais próxima e real é a mais importante para se ser forte, no meio à qual se pertence. “Antes grande para os nossos, que desconhecido para os outros”

João Liberato (30 novembro 2013)